Cirurgia Bariatrica

Primeiro temos que conhecer a gravidade da doença da obesidade. A obesidade é uma doença cada vez mais prevalente na população e tem várias consequências que podemos exemplificar aqui:

Aumento do risco das principais causas de morte no Brasil e no mundo (Infarto Agudo do Miocárdio, AVC, Câncer, Doenças Respiratórias, Diabetes)
Piora na qualidade de vida (dificuldade para locomover, baixa autoestima, cansaço)
Estigma social
Depressão
Dor crônica (Lombar e articulação dos membros inferiores)
Infertilidade
Disfunção Erétil
Essa lista não para por aqui, precisaríamos de muitas páginas para ela

Inicialmente devemos avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC), que seria o peso sobre a altura ao quadro – você pode calcular através da calculadora logo abaixo.

teria indicação de cirurgia aqueles pacientes com Obesidade grau II (IMC de 35 a 40) com alguma doença relacionada ou Obesidade grau III (IMC maior que 40).

Paciente com Diabetes que não respondem ao tratamento clínico e que possuem IMC entre 30-35, também podem realizar a cirurgia bariátrica.

Não existe superioridade entre a cirurgia e as medicações, elas devem ser utilizadas em conjunto ou isoladas. Porem a cirurgia bariátrica apresenta maior efetividade para a perda de peso (30-40%) comparada aos medicamentos (15-22%) e também maior eficácia no tratamento do diabetes, com menor taxa de recidiva e menor custo.

Assim como todos os outros métodos para tratamento da obesidade (medicamentos, endoscópicos) a cirurgia apresenta índice de falha terapêutica a longo prazo. Esse risco é muito variável e alguns fatores ajudam na sua prevenção:

Cirurgia realizada (BYPASS apresenta menor risco)
Acompanhamento com equipe multidisciplinar
Tratamento da ansiedade
Prática de exercícios físicos
Dieta balanceada

É necessário acompanhamento com equipe multidisciplinar tanto no pré-operatório, quanto no pós-operatório, pelos seguintes profissionais:

Nutricionista | Endocrinologista | Cardiologista | Psicólogo | Cirurgião Bariátrico

Não, existem diversos tipos. No Brasil nem todos são regulamentados, sendo realizado dois principais: Bypass gástrico e Sleeve, que discutiremos com maior prinfundidade em outra janela.

A maioria dos pacientes recebem alta com 24 horas do procedimento, podendo ser estendidos para 48 horas, caso apresentem algum tipo de desconforto como náuseas e vômitos.

Sim. É importante que o paciente esteja com algum acompanhante, seja familiar ou amigo. Ele além de trazer conforto e segurança para o paciente, também receberá todas as informações médicas para os cuidados pós-operatório.

Os primeiros dias e semanas são o que tem o risco de apresentar mais sintomas, sendo os mais comuns: náuseas, vômitos e fadiga. Geralmente após 14 dias a paciente já se encontra bem e pronta para o retorno das suas atividades.

14 dias. Caso o trabalho esteja relacionado com exercício físico e levantamento de cargas, o atestado médico deve ser estendido para 30 dias.

As duas mais importantes:

Heparina: prevenção de trombose no pós operatório
Protetor gástrico: prevenção de sangramentos e úlceras no estômago operado

O restante dos medicamentos é sob demanda: analgésicos simples e medicações para náuseas

Sim, a meia é utilizada durante o procedimento e nos primeiros 15 dias após a cirurgia, pois também atua na redução do risco de trombose venosa profunda.

O ideal é receber medicamentos líquidos, e tomar comprimidos inteiros apenas após 2-3 semanas da cirurgia, dependendo do tipo do procedimento. Caso seja necessário o uso de algum medicamento de uso crônico, esse deve ser macerado e diluído em água, após avaliação médica.

A dieta é definida no pré-operatório com a equipe de nutrição, e dividida em fases que progridem a cada 7 a 15 dias. De maneira mais superficial, segue essa ordem:

Líquida sem resíduos (até 7 dias da cirurgia)
Líquida Completa (de 7 a 15 dias)
Cremosa ou semilíquida (de 15 a 30 dias)
Pastosa a Branda (de 30 a 45 dias)
Geral (após 45 dias)

Após 30 dias.

Musculação é o mais indicado, pois na fase de perda de peso após o procedimento, o estímulo muscular é capaz de manter e aumentar a quantidade de “massa magra” (percentual do nosso peso referente aos músculos). Porém caso o paciente não se sinta confortável com esse tipo de exercício, outras atividades físicas podem ser uma ótima alternativa (dança, vôlei, beach tênis, funcional, ...) o mais importante é a frequência e a constância duradoura.

Sim, inclusive tem maior chance de uma gestação saudável, porém cuidado:

A gestação só pode ocorrer, idealmente, após 12 a 18 meses da cirurgia

Mas qual o motivo? É após esse período que ocorre um equilíbrio entre as perdas e ganho da paciente, até lá , caso a paciente engravide, aumenta a chance de prematuridade e baixo peso ao nascer da criança.

Não é indicado, nem na programação da cirurgia nem no pós operatório. Isto por dois motivos:

Anticoncepcional oral leva a um aumento do risco de trombose (que soma a obesidade e ao procedimento cirúrgico)
Após a cirurgia a absorção do medicamento pode variar e não é considerado seguro

DIU - O Dispositivo Intra Uterino é um método considerado altamente seguro e eficaz, previne a gestação e atua principalmente no útero, sem efeitos sistêmicos